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No dia em que a Humanidade comemora os 71 anos do "Dia D", um dos momentos mais importantes e decisivos para a História e a consolidação da liberdade, não há como não traçar um paralelismo com um triste evento ocorrido, nos últimos dias no âmbito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Uma solicitação estapafúrdia, sem qualquer razão de ser (feita em conjunto pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFSM), Seção Sindical dos Docentes da UFSM (SEDUFSM), Associação dos Servidores da UFSM (ASSUFSM) e Comitê Santa-mariense de Solidariedade ao Povo Palestino, requerendo uma relação de estudantes e professores de Israel em atividade na Universidade.
Até então, mais uma demonstração dos mesmos setores ideológicos que impregnaram por anos o movimento estudantil e sindical brasileiros, especialmente nas universidades federais (inclusive na FURG), falando sozinhos e sem contraponto a suas práticas nefastas, radicais e discriminatórias, de claro descompromisso com qualquer limiar mínimo de ética, dignidade e tolerância à divergência. Práticas persecutórias com clara intenção de hostilização sem conteúdo, baseadas numa birra ideológica pueril. Desses setores, felizmente cada vez mais minoritários, não se esperaria comportamento diferente. Porém, o que escandalizou o país foi a conivência institucional da UFSM com tais práticas odiosas. O que se esperaria de uma instituição renomada e com credibilidade construída há décadas? No mínimo, a negação de uma solicitação risível (sem qualquer tipo de fundamentação ou interesse público), seguida de condenação ao ato. O próprio Ministério da Educação emitiu nota, afirmando, literalmente: “...o acesso à informação não pode ser usado como instrumento para facultar a discriminação de qualquer tipo” ou ainda “...qualquer solicitação que leve a qualquer tipo de discriminação deve ser considerada desarrazoada, e, portanto, não deve ser respondida”.
A própria Administração da UFSM reconhece que houve resposta à solicitação e tenta, inutilmente e de forma assombrosa, encobrir o descalabro da medida ao acusar uma suposta fraude do documento, que corresponderia a uma frase no fim do memorando. É triste perceber que, se hoje comemoramos 71 anos de um dia determinante para a liberdade e democracia, também ainda nos deparamos com a luta de setores irresponsáveis, ainda em defesa de um tipo de pensamento bárbaro derrotado pelos Aliados na II Guerra Mundial. E pior, com a conivência institucional de uma Universidade, que deveria ser o palco permanente da tolerância, respeito à democracia, debate civilizado.
O DCE-FURG, gestão Reação – Por um novo DCE, se manifesta em forte repúdio à conduta discriminatória de setores sindicais e estudantis que não representam ninguém a não ser a si mesmos e a suas insanidades. E em forte repúdio à irresponsabilidade de uma Universidade Federal, contrariando seus princípios originais e revelando o cenário assustador de mediocridade que toma conta de muitas universidades federais do país hoje, contaminadas por uma ideologia funesta e intolerante. Lutaremos permanentemente contra isso, em defesa de uma Universidade tolerante, democrática e com responsabilidade e seriedade compatíveis com seu papel e importância para a sociedade.
Há 71 anos, se dava o início do fim da sanha de catalogar judeus com estrelas amarelas nas roupas. O que querem essas entidades em conivência com a UFSM? Que os israelenses sejam compelidos a transitar no campus com uniformes listrados e estrelas amarelas?
Leia mais: http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/noticia-aberta/mec-pede-explicacoes-sobre-caso-de-racismo-na-ufsm-139592.html
Reação – Por um novo DCE
http://www.porumnovodce.com.br/
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