terça-feira, 22 de maio de 2012

Ata da Assembleia Geral do dia 21/05/2012

ATA DA ASSEMBLEIA GERAL DOS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE


Aos vinte e um dias do mês de maio do ano de dois mil e doze, reuniram-se em assembleia geral, os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande. A assembleia que teve início às dezessete horas ocorreu no Centro de Convivência da referida Universidade. Danyelle Gautério, coordenadora geral do DCE fez uma breve introdução sobre a importância da assembleia, e passou a palavra para o professor, presidente do Comando Local de Greve, Ubiratã Jacobi, que explicou para os estudantes os motivos da greve, que são reajuste justo de salário, incorporação das gratificações e plano de carreira, esses motivos foram tentados ser acordados com o governo, que marcou acordo para o dia trinta e um de março de dois mil e onze, não cumprindo a data, o sindicato deu a data máxima de trinta de abril de dois mil e doze, o governo novamente não cumpriu o acordo, então o sindicato deflagrou greve no dia dezessete de maio de dois mil e doze. Danyelle Gautério, tendo novamente a palavra, deu apoio à greve dos professores em nome do Diretório Central dos Estudantes, também colocou a pauta local de reivindicações dos estudantes, que são: Falta na educação, transporte coletivo, restaurante universitário em condições precárias, e propôs uma greve total dos estudantes, abrindo a palavra. Heitor, do curso de enfermagem, fez perguntas ao Diretório, em como a greve auxiliaria os professores, como ficam os auxílios dos estudantes durante a greve, como ficam os acordos com as empresas de estágio e em relação às formaturas. Danyelle respondeu os questionamentos, dizendo que em mil novecentos e noventa e oito os estudantes fizeram greve, e a mesma, desde então é reconhecida pelo Conselho Superior da Universidade, e falou que quanto mais unidade melhor, em relação aos auxílios, eles continuam, e em relação aos estágios, os professores são obrigados a manter trinta por cento das suas atividades, como orientação de estágios. A professora Anne Leal tomou a palavra e disse que estágios serão orientados e que independente de alguns professores darem aula, o calendário universitário será modificado e terão que repor as aulas de qualquer maneira, ainda ressaltou que as atividades da Universidade estão suspensas e convidou os estudantes para ir à sede da Associação de Professores da Universidade Federal do Rio Grande, para tirarem as suas dúvidas. Horácio, do curso de oceanologia levantou a questão de até que ponto os estudantes em greve irá ajudar a greve dos professores a ter resultado, se a greve estudantil não atrapalharia a greve dos docentes e ressaltou a importância do calendário universitário ser suspenso. Cristiano Benitez, coordenador geral do Diretório, falou da importância da unidade dos estudantes com os professores frente ao governo e que isso traria respostas mais rápidas às reivindicações. Andrea, coordenadora do Diretório ressaltou que a greve não é feita com o motivo de prejudicar os estudantes, mas sim para pressionar o governo por melhores condições de ensino. Bruno, do curso de artes visuais, colocou o fato de na Universidade ter turmas com mais de setenta alunos e que a universidade não tem estrutura para a quantidade de alunos que tem. Gabriel, do curso de Engenharia Bioquímica, colocou que há várias formas de melhorar a Universidade, pressionando o governo pela estrutura universitária e que greve estudantil não ajuda. Daniel, do curso de direito, falou da falta de atendimento médico para os estudantes no Campus Carreiros e convidou todos os estudantes para se juntarem à greve. Ródner, da Engenharia Química, falou que a greve estudantil é antiética e que o Conselho Superior da Universidade ainda não aprovou o novo calendário universitário. Pércoles, da Engenharia de Computação, fez o questionamento se seria mais efetivo para os estudantes vir às poucas aulas ou parar de vez e fazer manifestações. Camila, da Enfermagem, falou da excepcionalidade das formaturas e que a greve estudantil iria prejudicar não só os estudantes formandos, mas também os que tinham provas de concursos ou mestrado marcadas. Adriele, da medicina, falou que são os estudantes que decidem o futuro do país, que os estudantes devem representar o movimento e que no Brasil inteiro, estudantes estão paralisando para apoiar a greve dos docentes e mais que isso, a luta pela educação. Eduardo, da administração, falou que a melhor forma para obter resultados é os discentes paralisarem e assim, tornar o movimento forte. Marcus, da história, falou a favor da greve estudantil, principalmente para se fazer respeitar e colocou em pauta a ocupação da Universidade para reivindicação dos direitos estudantis. Helen, da biologia, falou da importância da união dos estudantes. Bruna, da biologia, questionou qual o posicionamento do reitor quanto à greve e colocou em pauta a ocupação da reitoria. Lílyan, do direito, falou que é pouco fazer greve pelos salários dos professores, que os estudantes devem fazer greve para reivindicar os seus direitos. Marlon, da psicologia, disse que apoiar a greve é apoiar a educação e que é importante trazer as pautas dos estudantes para a greve estudantil. Luciano, do direito, colocou que é importante decidir a greve em assembleia, por voto de maioria, pôs em pauta a ocupação dos pavilhões de salas de aula e do Centro de Convivência e manifestou apoio à greve dos professores. Tomás, da Engenharia Civil, questionou porque os professores fizeram concurso sabendo que não havia plano de carreira e agora estão reivindicando. Vanessa, da enfermagem, disse que há outras formas de mobilizar estudantes sem ser a greve e acha que o Diretório Central dos Estudantes deve ser imparcial durante as Assembleias Gerais. Raquel, da psicologia, disse que não concorda que o Diretório Central dos Estudantes tenha apoiado a greve dos docentes sem discutir em assembleia, mas que é a favor da greve dos professores e colocar na pauta local da greve estudantil assuntos como: Falta de ambulatório no Campus Carreiros, RU em estado precário, falta de auxílio aos discentes que estão na segunda graduação. Alexandre, do curso de letras, se colocou a favor da greve estudantil e ressaltou a preocupação pela educação. Encerradas as colocações dos alunos, Danyelle colocou as pautas em votação, como havia muitos estudantes presentes, foi decidida a votação por contraste, e caso houvesse alguma dúvida, ai sim, seriam contados os votos. A primeira pauta a ser votada foi o apoio dos estudantes em relação à greve dos docentes, e o apoio foi aprovado com ampla maioria de votos. A segunda pauta votada foi a deflagração de uma greve estudantil, também aprovada por maioria ampla de votos. A terceira pauta votada foi a ocupação do Centro de Convivência por parte dos estudantes, no dia vinte e dois de maio de dois mil e doze às oito horas, e nessa hora a maioria dos presentes gritou pela ocupação da Reitoria e não do Centro de Convivência, então a pauta foi trocada para ocupação da Reitoria, por parte dos estudantes no dia vinte e dois de maio de dois mil e doze às oito horas, sendo essa pauta também aprovada por maioria de votos. Sendo assim, Danyelle Gautério, deu por encerrada a assembleia. Em tempo: onde consta ‘dia trinta e um de março de dois mil e onze’, leia-se ‘dia trinta e um de março de dois mil e doze’. Encontra-se anexada a este livro-ata a lista de presença dos alunos, e essa ata encontra-se assinada por mim, Karine Reibrich, no exercício de secretária, e por Danyelle Gautério que presidiu a assembleia.


*A original encontra-se em livro-ata, assinada e em posse do Diretório Central dos Estudantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário